A Wacom, líder do segmento de mesas digitalizadoras para arte digital, incendiou a Internet com uma postagem de liquidação de Ano Novo. Duas imagens promocionais representando dragões chineses foram divulgadas nos canais de mídia social da Wacom. Neste contexto, usuários observaram inconsistências grosseiras nas peças publicitarias que apontavam para a geração por meio de inteligência artificial.
Rapidamente a postagem foi apagada, mas não antes de ser compartilhada e amplamente debatida por usuários de todo globo em diversas redes sociais.
Dias após a repercussão negativa nas redes sociais, a Wacom, emitiu um clássico comunicado de "pedido de desculpas", transferindo a responsabilidade para terceiros, conforme foi evidenciado pelo tweet: https://twitter.com/wacom/status/1744814055137919388. Tal abordagem, porém, tem o potencial de aumentar o descontentamento entre a base de usuários, pois no geral, eles não consideram esta questão tão simplista assim, afinal a maioria destas pessoas não são estúpidas.
A decisão de uma empresa, especializada na produção de produtos voltados à expressão artística, como mesas digitalizadoras, em empregar a inteligência artificial para fins promocionais levanta questionamentos. Afinal, a clientela dessa empresa é composta, em sua maioria, por artistas que utilizam esses dispositivos. A incoerência torna-se mais evidente ao considerar que a Wacom, sendo uma entidade que fabrica ferramentas para artistas, poderia muito bem optar por contratar um profissional da arte para conceber seus materiais de marketing.
O modelo de negócios da Wacom é fundamentado em tecnologia superfaturada e patentes exclusivas. Portanto, não há complexidade no ocorrido. Na verdade, é bastante simples: a tecnologia em si não é culpada neste episódio, pois a ética não esta relacionada a ela, mas sim às pessoas diretamente envolvidas.
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