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Pensava que, com tantas câmeras digitais no mercado (excetuando, claro, as Tekpix, que eu jamais compraria — ainda mais quando há opções infinitamente melhores e até mais baratas), as famílias que gravam absolutamente tudo o que acontece poderiam fazer algo melhor. Mas me enganei!

Lembro-me da época do VHS, quando eu sofria como um condenado se tinha o azar de estar presente na hora em que algum vídeo da família era exibido. Ou pior: quando, por acidente, a conversa acabava levando à exibição de um desses vídeos. "Odeio quando isso acontece, pois poderia ser facilmente evitado."

  • Você se casou?
  • Sim.
  • Pena que não pude ir.
  • Sem problema, vou te mostrar o vídeo!
  • ... Socorro!!!

Imaginem assistir 3 horas e 30 minutos ininterruptos do vídeo que começa no casamento e vai até o fim da festa. Foi terrível. Ver todo o sermão do padre, ou na festa assistir o filho do primo de quinto grau com o dedo no nariz, ou ainda a amiga gorducha da tia ajeitando a meia-calça. Tudo isso registrado em cenas sem o menor sentido.


Quem já teve a infeliz experiência de assistir vídeos intermináveis de mascotes sabe do que estou falando! O animal correndo pra lá e pra cá, sem parar, em um loop infinito. Para exemplificar, pense no filme Feitiço do Tempo (Groundhog Day), que conta a história de um repórter preso no tempo, condenado a repetir os eventos daquele mesmo dia. Só que, no meu caso, o ator era um cachorro, repetindo os mesmos movimentos sem parar, enquanto ao fundo se ouvia o dono dizendo coisas como: “Vem pra mamãe!”, “Ai, coisinha rica!”. Melhor parar por aqui!


Mas agora, com tanta tecnologia ao nosso alcance, o cenário ficou ainda mais surpreendente: dezenas de vídeos de 1, 2, 3, 5... até 10 minutos! "Esses eu aguento!" — até descobrir que vão exibir todos ou, pior, que juntaram tudo em um só! É tipo: “Lulu no Jardim - Parte 1”, “Lulu no Jardim - Parte 2”, “Lulu no Jardim - Parte 3”… e por aí vai. O "cineasta" ainda tem o cuidado de editar o vídeo com transições, letras, música de fundo e uma infinidade de efeitos especiais, o que, claro, aumenta ainda mais o tempo total do vídeo. Tortura! Nessas horas dá vontade de pular da janela ou cortar os pulsos. Não me levem a mal, não tenho nada contra quem grava vídeos de tudo. O problema está em quem grava sem editar e sem fazer os cortes necessários. Sem isso, acaba levando o espectador a momentos de verdadeiro horror. E olha que nem mencionei os que fazem slideshows com centenas de fotos!


No próximo texto, vou apresentar alguns programas de edição de vídeo. Quem sabe assim o pessoal se anima a editar mais e fazer os merecidos cortes. Só espero que não ganhem mais poder de fogo com isso!

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